MACBA
Uma hora e meia não chegou para ver todo o museu - não consegui ver até ao fim esta exposição e nem os olhos passei nesta -, mas gostei do que por lá vi.
Bastante da colecção permanente, apesar de algumas propostas me darem uma certa comichão - confesso que me irrito com a impertinência de algns artistas contemporâneos que fazem as obras como se dissessem "olhem que bom que eu sou!" - com particular destaque para Eugenia Balcells e as suas experiências multimédia ali presentes, que são, antes de mais, críticas ferozes à sociedade de consumo, ao poder dos media e às desiguldades sociais.
Ainda mais da exposição de fotografia de Manolo Languillo, "Barcelona, 1978-1997", uma retrospectiva do crescimento da cidade de Barcelona nos últimos anos. Languillo fotografa o lado obscuro e desconhecido de Barcelona, o cimento e o betão por baixo dos edifícios que tornam a cidade apetecível.
Realmente avassaladora é a experiência de Janet Cardiff, "The Forty-Part Motet (A Reworking of Spem in Alium by Thomas Tallis, 1573). A Capela MACBA invadida pelas vozes dos 35 membros de um coro, que saem de altifalantes "humanizados", dispostos na sala de forma estratégica. A voz de cada um dos membors funciona de forma independente, mas em conjunto a instalação ganha uma envolvência arrepiante. Um verdadeiro tatado sobre a música e a virtualidade, num espaço magnífico.