Há mais de uma semana que não passo por aqui. O motivo é óbvio: uma visita relâmpago a Portugal e, no regresso, um exame prático de TV, roubaram o tempo necessário para continuar a actualizar o blog.
Como previa a passagem por Portugal foi uma maratona. Saída apressada de casa e uma viagem entediante, num avião cheio de portugueses daqueles-de-quem-não-tenho-saudades. Explico: Imaginem-se mais de uma hora num avião com gajos que não param de dizer piadas do tipo “E se o pneu do avião tinha um furo?” ou a mandar “bocas” às hospedeiras. Não é bonito, pois não?
Portugal recebeu-me mal: Uma música do Paulo Gonzo no aeroporto. Depois os abraços esperados, aos pais. E a primeira boa sensação. Entrei no carro e o meu pai tinha posto um dos discos de que senti mais falta em quatro meses: “O monstro precisa de amigos”, dos Ornatos Violeta: “Dá-me a tua mão e vamos ser alguém…”. Sorriso!
A viagem foi curta, mas deu para contar algumas das muitas histórias pelas quais passei nos últimos meses, ouvir as novidades e, num instante, chegar a Guimarães. Não estranhei o cheiro da cidade que logo se entranhou no corpo. Sorri, ao sol, enquanto espreitava os cantos de Guimarães. Uma festa no gato (nunca pensei vir a dizer que senti falta dele…) e fui almoçar: Manjares da Horta – salada de tofu com grão e as sempre fantásticas sobremesas da casa.
A tarde fez-se curta, entre muitos cafés, conversas com amigos, um corte radical de cabelo e uma viagem até Braga. Sentia falta da cidade vizinha, e dos amigos que encontrei por lá. Abraços, muitos abraços. Ao irmão e aos amigos grandes que estavam em casa dele. Depois um salto até á última noite do Enterro da Gata. E mais amigos e mais abraços. Abraços bons. E um mau concerto dos Xutos numa noite fria que me fez perder a voz.
No dia seguinte houve mais reencontros com mais alguns amigos com quem tenho o prazer de me cruzar na vida. E o regresso a Guimarães, um joguinho de futebol no sintético do Sr. Sousa e um churrasco com a família: Sabores de que sentia falta.
No sábado um jantar com os amigos, cafés com outros e um filme em família. E no Domingo de manhã acordei cedo para ir ver o jogo dos juvenis do Vitória – triunfo por 2-1 e uma exibição impecável do “tubarão” Hugo.
À tarde regressei ao Afonso Henriques. Para respirar de alívio: ao fim de um ano o pesadelo em que nos meteram terminou. Ao meu lado, a mãe e o irmão partilhavam com outros 29807 vitorianos a sensação indescritível de ver fazer justiça. O jogo foi mau – espero que a equipa tenho jogado melhor durante a fantástica recuperação –, ma o que interessava era festejar o Regresso do Rei.
A segunda-feira era o motivo da minha vista: o meu aniversário. Almoço em família e a oportunidade de mostrar as mais de 1400 fotografias que já tirei à cidade. Recebi muitas mensagens e telefonemas. Da família, dos amigos que estão perto e dos que estavam longe, por Barcelona, ou na China. Obrigado a todos!
Não tive tempo de me encontrar com todos os amigos – desculpem aqueles para quem não tive muito tempo – e já estou de partida. Por agora regresso a Barcelona. Por mais um mês. Depois de um atraso de mais de uma hora, o voo de volta levantou finalmente voo. O meu Erasmus segue já a seguir.