31.5.07

Dia da Criança

Estas são duas das melhores memórias que guardo dos pedaços da infância passada em frente da televisão. E hoje, com 22 anos, o youtube trouxe-mos de volta, lembrando-me que uma parte de mim não cresceu ainda. De sorriso de miúdo nos lábios, partilho-os hoje convosco.



No tempo em que a TV em Portugal tinha vontade de arriscar surgiu um pérola destas (vejam mais por aqui e por aqui).



E esta é a série que me fez um gajo curioso. De tal maneira marcante que ando por Barcelona a passear com um t-shirt do Monstro das Bolachas. Como é que se cria um filho sem a Rua Sésamo?

Etapa final

Terminaram hoje as aulas. Depois de quatro meses, o meu Erasmus entra na recta final e o próximo mês vai ser dedicado aos exames finais.
Depois de alguns problemas com a escolha das cadeiras - entre burocracias e incompetências alheias -, a experiência tem um saldo muito, mas muito positivo.
Como fui contando , tive oportunidade de ter aulas a cadeiras com conteúdos bastante interessantes, algumas delas completamente arredadas dos currículos das licenciaturas da área em Portugal - Teoria e Análise de TV era coisa para dar muito jeito à malta, mas preferem dar-nos semióticas e afins...
Fui aluno de uma faculdade com condições excelentes - fazer rádio e TV em estúdios a sério, é bem mais interessante do que fazer as notícias em casa, no nosso computador - e de professores de qualidade que fazem do relacionamento próximo com os alunos uma estratégia para os cativar para as aulas - ao ponto de cada aula desta última semana ter terminado com um aplauso generalizado da turma aos professores de quem se despediam.
Agora, venham os exames!

Empregos

Última aula de Géneros Informativos y Rutinas de Producción en Rádio y TV. A professora dava umas dicas finais sobre a matéria que sairá no exame e uns conselhos de futuro aos meus colegas espanhois. E colocava-lhes a questão de qual seria a sua escolha profissional e qual o cirtério para a fazerem. Alguns apontavam a área de especialização, outros o âmbito do meio de comunicação e alguns chegavam ao ponto de especificarem o órgão.
E eu comentava com a Susana: "Só queria era arranjar emprego...!" É a diferença entre os dois países...

28.5.07

"it's you who puts me in the magic position, darling"



Comecei a ouvir o Patrick Wolf quando ele ainda era um rapaz melancólico que fazia umas canções muito negras. Mas o camarada parece ter percebido que há um lado colorido na vida que pode ser muito mais interessante. Com a mesma qualidade de sempre, mas com uma vibração muito mais positiva, oferece-nos este magnífico Magic Position, tema que dá título a um grande álbum.

O disco chegou-me pelas mãos de uma amiga, que esteve por cá de visita há umas semanas. E desde então colei na música. Hoje, para não variar, acordei a pensar nela. E decidi partilhá-la convosco.

O som é viciante. E a letra é tão bela.

"Eu sou o mestre de Culinária"

Já por aqui tinha confessado que o Erasmus me fez descobrir uma vocação para o cozinha até então totalmente escondida. As coisas com as panelas começaram a sair-me bem e acabei por me tornar uma espécie de cozinheiro oficial da comunidade portuguesa da Vila Universitária.

Vai daí e aqui os grandes compaheiros lusos decidiram marcar essa condição de "Chefe Michel" com uma prenda de anversário inesquecível: um avental!

Agora já posso dizer que sou "o mestre de culinária"

27.5.07

Visc a Catalunya fa quatre mesos

Faz hoje quatro meses que cheguei a Barcelona.

O tempo passou a correr - muito depressa, aliás. Ainda que Barcelona já esteja entranhada na minha vida, ainda me fascino a cada encontro com a cidade. Ontem à noite passeava de olhos no ar, como se tivesse acabado de chegar. E sorria - o sorriso aberto de quem está apaixonado.



25.5.07

A invasão

Os municípios espanhois vão amanhã a votos. Em Barcelona, o socialista Jordi Hereu, o actual alcalde desde a saída de Joan Clos para o governo de Zapatero, é o principal candidato ao triunfo.

Os jornais gratuitos de hoje foram pintados com as cores da campanha socialista. ADN e Què!, dois dos gratuitos com maior tiragem em Barcelona viram as suas capas substiuídas por um encarte de quatro páginas com um apelo ao voto no actual líder do município.

Bem sei que a publicidade é a única fonte de receitas dos jornais gratuitos e que, no essencial, estes são antes de mais, projectos comerciais. Mas não deixam de ser projectos jornalísticos e nesse sentido a imparcialidade devia estar acima de tudo. Ver as suas capas invadidas por campanhas publicitárias já me causa impressão. Agora por campanha política é uma violência aos meus princípios que me deixou meio tonto...

Interlúdio português

Há mais de uma semana que não passo por aqui. O motivo é óbvio: uma visita relâmpago a Portugal e, no regresso, um exame prático de TV, roubaram o tempo necessário para continuar a actualizar o blog.

Como previa a passagem por Portugal foi uma maratona. Saída apressada de casa e uma viagem entediante, num avião cheio de portugueses daqueles-de-quem-não-tenho-saudades. Explico: Imaginem-se mais de uma hora num avião com gajos que não param de dizer piadas do tipo “E se o pneu do avião tinha um furo?” ou a mandar “bocas” às hospedeiras. Não é bonito, pois não?

Portugal recebeu-me mal: Uma música do Paulo Gonzo no aeroporto. Depois os abraços esperados, aos pais. E a primeira boa sensação. Entrei no carro e o meu pai tinha posto um dos discos de que senti mais falta em quatro meses: “O monstro precisa de amigos”, dos Ornatos Violeta: “Dá-me a tua mão e vamos ser alguém…”. Sorriso!

A viagem foi curta, mas deu para contar algumas das muitas histórias pelas quais passei nos últimos meses, ouvir as novidades e, num instante, chegar a Guimarães. Não estranhei o cheiro da cidade que logo se entranhou no corpo. Sorri, ao sol, enquanto espreitava os cantos de Guimarães. Uma festa no gato (nunca pensei vir a dizer que senti falta dele…) e fui almoçar: Manjares da Horta – salada de tofu com grão e as sempre fantásticas sobremesas da casa.

A tarde fez-se curta, entre muitos cafés, conversas com amigos, um corte radical de cabelo e uma viagem até Braga. Sentia falta da cidade vizinha, e dos amigos que encontrei por lá. Abraços, muitos abraços. Ao irmão e aos amigos grandes que estavam em casa dele. Depois um salto até á última noite do Enterro da Gata. E mais amigos e mais abraços. Abraços bons. E um mau concerto dos Xutos numa noite fria que me fez perder a voz.

No dia seguinte houve mais reencontros com mais alguns amigos com quem tenho o prazer de me cruzar na vida. E o regresso a Guimarães, um joguinho de futebol no sintético do Sr. Sousa e um churrasco com a família: Sabores de que sentia falta.

No sábado um jantar com os amigos, cafés com outros e um filme em família. E no Domingo de manhã acordei cedo para ir ver o jogo dos juvenis do Vitória – triunfo por 2-1 e uma exibição impecável do “tubarão” Hugo.

À tarde regressei ao Afonso Henriques. Para respirar de alívio: ao fim de um ano o pesadelo em que nos meteram terminou. Ao meu lado, a mãe e o irmão partilhavam com outros 29807 vitorianos a sensação indescritível de ver fazer justiça. O jogo foi mau – espero que a equipa tenho jogado melhor durante a fantástica recuperação –, ma o que interessava era festejar o Regresso do Rei.

A segunda-feira era o motivo da minha vista: o meu aniversário. Almoço em família e a oportunidade de mostrar as mais de 1400 fotografias que já tirei à cidade. Recebi muitas mensagens e telefonemas. Da família, dos amigos que estão perto e dos que estavam longe, por Barcelona, ou na China. Obrigado a todos!

Não tive tempo de me encontrar com todos os amigos – desculpem aqueles para quem não tive muito tempo – e já estou de partida. Por agora regresso a Barcelona. Por mais um mês. Depois de um atraso de mais de uma hora, o voo de volta levantou finalmente voo. O meu Erasmus segue já a seguir.

16.5.07

"Vou voltar amanhã"

Afinal não há festa em Barcelona. O segundo clube da cidade perdeu a final da Taça UEFA. Assin sendo, fico em casa e vou dormir mais cedo, porque amanhã pela manhã regresso a Portugal.

Serão cinco dias que têm como objectivo principal passar o meu aniversário junto da família. Mas três meses e meio longe de casa fizeram acumular saudades, conversas por ter e vontades várias. Receio, por isso, que cinco dias sejam curtos para tudo o que quero fazer...

Às 7 da manhã estou a pé, para apanhar dois comboios até ao Aeroporto. Depois começa a maratona. Quero abraçar os pais, o irmão, a restante família; rever os amigos e voltar a pisar as pedras da minha cidade; quero matar a vontade dos paladares portugueses, voltar a conduzir e a jogar à bola.

Vou Jantar com os amigos, tomar um café com outros, assistir ao primeiro jogo da caminhada dos juvenis para o título, celebrar o regresso do Vitória à Liga e passar pela última noite do Enterro da Gata. E vou estar contigo.

"Vou voltar amanhã!"

15.5.07

"E se ao menos tudo fosse igual a ti... "

É daqueles momentos que não se explicam. Eu até já estava a morrer de sono e já tinha visto dois filmes, mas não queria ir para a cama. E fiquei a ver mais um (mau) filme.
Era tarde, 02h23, e tu ligaste. Ouvi-te a voz doce, envolta na melodia de que - sabes bem! - tanto gosto. Por momentos foi como se estivesse lá, contigo. Perfeito!

Faltam dois dias! ;)

Jordi, Jordi, Jordi!

Sempre que me disserem que há má política em Portugal, vou lembrar-me sempre da experiência aqui por Espanha, onde há um arruaceiro como Mariano Rajoy a liderar um partido de poder.

Sempre que me disserem que há mau marketing político em Portugal, vou lembrar-me sempre de Jordi Portabella, o candidato a alcalde de Barcelona - as eleições municipais no Estado espanhol disputam-se a 27 deste mês - pelo partido da Esquerda Republicana Catalã.

Não conheço ainda as propostas de Portabella, mas o homem já ganhou um lugar como ícone do meu Erasmus. Os cartazes de Portabella - bem como os dos restantes aspirantes a um lugar no palácio do Ayuntamento - estão espalhados um pouco por toda a cidade, desde os postes de iluminação às estações de metro.

Quase todos são de muito mau gosto - desde o sorriso demoníaco da candidata dos verdes, ao desproporcional candidato socialista, Jordi Hereu, actual alcalde e principal candidato à vitória. Mas o líder da ERC é, de longe, o mais divertido.

Todos os cartazes têm mais ou menos este aspecto (foto acima). O homem surge sempre de perfil, numa pose que é um misto entre intelectual e galã de cinema europeu, com o pano de fundo a serem diferentes espaços de Barcelona. Mas o delírio é mesmo o último cartaz lançado pelo homem (foto abaixo). Atentem no look desportivo-radical do senhor, cabelinho molhado a olhar o horizonte na praia da Barceloneta e enroladinho no robe... É ou não é uma personagem?

Força Jordi, seu maluco! :)




The roof is on fire!


Esta gente toda que vêem na foto são alguns dos muitos estudantes Erasmus que, como eu, estão por aqui em Barcelona. No sábado juntamo-nos quase todos numa das festas mais loucas em que já estive.
Éramos muitos. Mais de 200, creio eu, num terraço de Barcelona, perto do Hospital Clínic. A festa começou às 17h00, ainda era de dia, prolongou-se noite adentro – depois de um fantástico pôr-do-sol em que só eu reparei...

A música não era boa, as bebidas não estavam muito frescas. Mas estar com os amigos que por aqui fiz é sempre excelente. E estavam lá quase todos. O grande ambiente foi, por isso mesmo, o que mais recordo da festa.

Além de uma loucura quase generalizada, propícia aos excessos – é o que dá beber vodkas baratas a meio da tarde… Mas também é para isto que aqui estou! ;)



Funicular do Tibidabo, estação inferior - Barcelona - 13/05/07

14.5.07

O que me faz falta III

As mãos nas mãos.

13.5.07

Mágico!


O domingo é oficialmente o dia de passeio. O trabalho de televisão que tenho que entregar este semana, antes da visita a Portugal, está adiantado e fui conhecer finalmente o Tibidabo. A montanha é o ponto mais alto de Barcelona e aí foi contruído, há mais de 100 anos, um templo expiatório que abraça a cidade lá do alto, a 512 metros.

Logo ao lado há um parque de diversões - faquinho, quase tão mau como a Bracalândia! É engrçado ver como o sagrado e o profano andam tão próximos... Suficientemente perverso para me divertir!

Chegar ao cume mais alto da serra da Colserola é uma pequena aventura, mas que vale a pena. O metro sai no início da Avenida Tibidabo, velho bairro burguês de Barcelona, com palacetes Modernistas a contronarem-na. Belíssimas construções, da época dourada da arquitectura catalã, que se prolongam montanha acima até ao sopé de onde parte o Funicular do Tibidabo.

A cremalheira leva-nos depois montanha acima, numa viagem curta e cara - 3 euros por 6 minutos de percurso! - mas com uma bela vista sobre a cidade. Mas o melhor está ainda por vir. Lá de cima contempla-se toda a imensidão de Barcelona, do Llobregat ao Besós, e até ao Mediterrâneo.

O templo são, na verdade, três construções de datas diferentes. Em 1886 foi ali construída uma ermita e dois anos depois lançada a empreitada de construção do templo. Foram precisos 75 anos até que o templo do Sagrado Coração de Jesus se tornasse na igreja imponente que se vê de qualquer ponto de Barcelona.

Mas em 1911 já estava termianda a cripta, em estilo Modernista e de uma beleza fantástica - daquelas coisas de ficar de boca aberta. E foi por lá que começou o momento mágico da visita ao Tibidabo.

Estava ainda atordoado com o brilho interior da cripta, quando fui abordado por um padre. Estava com um colega português e tínhamos estado a comentar o delírio tecnológico que era a campaínha na porta do confessionário. O padre aproximou-se e disse-nos: "Funciona mesmo, acreditem!".

Depois olhou o Bruno e disse-lhe:" Se quiserem podem usá-lo. Não vos conheço, mas vejo que são pecadores.". "Mau!", pensei. Estou habituada a estas intromissões dos padres na vida alheia, mas não estava com vontade de me chatear. "Deve ser da barba..."

Mas o homem era, afinal, afável. E ficamos à conversa uns 10 minutos. Contou-nos a história do templo e a sua importância para a Igreja Católica espanhola. "Este é um templo expiatório e há aqui gente a rezar 24 horas por dia, a pedir pelos pecados da Espanha. E olhem que temos muit trabalho...", atirou, com um sorriso sarcástico.

Tinha-me conquistado, o senhor. E nós a ele. Disse-nos que tinha gostado de nós e convidou-nos a subir ao topo do templo, a um sítio onde poucos vão... Obviamente que aceitamos. No caminho, no elevador, ofereceu-nos uns "santinhos" com orações em catalão e um coração em papel, que devíamos lançar sobre a cidade.

No meu coração estava escrito "Paz". Mas atrevi-me a juntar um pedido pessoal àquele momento mágico. Lá em cima, bem junto ao Cração de Jesus, sobre a cidade que cada vez mais amo...

8.5.07


Sagrada Família, Barcelona. 06/05/07

Loving BCN

O dia amanheceu feinho e até chovia aquela chuva miúdinha. Mas saí de casa rumo a Barcelona. E não podia ter feito melhor aposta!

O sol sorriu assim que saí do metro. Depois de algumas visitas cinzentas e chuvosas, regressei ao local mítico que é a Sagrada Família. Desta vez com sol, desta vez para entrar.

Antes, passei no Hospital de Sant Pau, que está uns metros acima, no topo da Avenida Gaudí (foto acima). De cada vez que lá vou encontro pormenores novos que me fazem ficar mais e mais encantado com a fabulosa obra de Montaner.

Depois perdi o ar. Doeu-me a barriga todo o tempo que estive dentro da Sagrada Família. Ainda em obras, ainda longe de ser ainda mais esmagador do que já é, o templo é o maior símbolo de Barcelona.

Já me tinha marcado a primeira visita. Confesso que dormi mal nessa noite, porque a força da construção e as imagens que guradava do que tinha visto me atordoavam. Voltei várias vezes, mas ainda me é dificíl disfarçar a emoção de ver de perto uma das mais incríveis construções que a humanidade foi capaz de realizar.

Mas desta vez foi diferente. Estive lá, mais perto: dentro. E vi cada promenor que a genialidade de Gaudí tinha projectado e a inteligência que e necessária para, há mais de 100 anos, se erguer esta obra imponente.

Vi-o crescer, ali do lado das entranhas, senti-me parte daquele corpo: vivo! E mais do que isto não consigo dizer. Tal era a excitação que me invadia naquela hora e meia em que toquei as pedras com a força de quem as queria trazer consigo.

PS - Enquanto estava lá dentro fartei-me de receber mensagens de Guimarães. 6 ao todo! Grande Vitória! :)

Assim é Barcelona

Na semana passada visitei duas exposições no Forum Barcelona. A cidade condal é o mote de ambas, ainda que a abordagem seja diferente.

Barcelona Sansations
faz uma viagem histórica por Barcelona - centrando-se especialmente na evolução urbanística da cidade -, traçando depois um retrato da BCN de hoje.
Há alguns números interessantes e divertidos que recordo. Na cidade há 180.000 pombas, 11.000 taxis, 3.000 esplanadas, 152.000 árvores. Em Barcelona vivem apenas 1,6 Milhões de pessoas, ainda que o Barcelonês - a área metropolitana - tenha 4,5 Milhões de habitantes.

Barcelona tem uma excelente rede de transportes. Só no Metro, passam por dia 1 Milhão de pessoas, o que ajuda a perceber como é que apenas 25% da população da Grande Bracelona utilizam habitualmente o carro.

Mas nem tudo é positivo na capital da Catalunha. 18% dos barcelonins vivem perto do limiar de pobreza, o,2% são sem-abrigo e há 12% de alcoólicos. Outro dos grandes problemas da cidade é a habitação. Os apartamentos custam, em média, 6.000 euros por m2, e normalmente não têm mais de 60 m2.

A exposição termina com uma instalação audiovisual cativante: Barcelona 24 horas. 8 câmaras de vídeo acompanharam um dia na cidade. Situadas em pontos estratégicos da cidade, como a Rambla, o Raval ou a Barceloneta, testemunharam a vida que enche as ruas de Barcelona. O vídeo passa em movimento acelerado o que torna ainda mais impressionante a forma como Barcelona fervilha 24 horas por dia.

A outra exposição é a projecção de futuro de Barcelona. O projecto Barcelona, riu a riu quer fazer crescer Barcelona e torná-la um contínuo urbano entre El Prat e Besós. E não faltam projectos que farão com que, em meia dúzia de anos, já não conheça esta cidade em que passo um momento único da vida.

Na zona do Forum, no extremo leste da cidade, via nascer um Zoo marítimo, um campus audiovisual e o parque BCN media. O património indutrial do Poble Nou será recupeado e na Sagrera será contruída uma enorme estação multimodal - e eu queria tanto ter aquela maquetaa em casa! :)

Um cidade com vida, sem dúvida! Eu queria ter uma assim...

7.5.07

O trabalho está arrumado. O blog segue dentro de momentos.

4.5.07

Fórmula Mágica

Pega-se na melhor banda do momento; Adiciona-se um dos melhores compositores da cena pop de sempre; Escolhe-se um grande música*; Põe-se tudo em cima de um palco; Desfruta-se de um momento mágico.



"Children, wake up. Hold your mistake up, before they turn the summer into dust".

*foi com "Wake Up" que eu me rendi aos Arcade Fire

PS - Nos próximos dias vou andar absorvido pelo trabalho de Literatura que tenho que entregar esta semana. Depois dessa missão cumprida, volto a passar por aqui

2.5.07

All the leaves are brown

Estava aqui o computador de uma amiga a tocar em modo shuffle e começou a dar esta música:



E pensei em vocês. Tenho saudades, pás!

Abril em Maio

No último sábado regressei ao extremo leste da cidade. Depois de me ter apaixonado pelo sítio - e pal arquitectura fantástica do Forum -, queria voltar lá. Ainda para mais porque no Forum há duas exposições sobre Barcelona que não queria perder.

À chegada, uma supresa: o parque do Forum, normalmente calmo e vazio, estava repleto de gente. E de barraquinhas com produtos gastronómicos e restaurantes típicos. E havia diversões de feira popular, pipocas e churros. Flamengo, mulheres vestidas "à Andaluzia" - a festa tem origem em Sevilha e aqui faz sucesso entre os imigrantes de origem andaluza. E gente a falar alto, muito alto. Enfim, uma Barcelona até aqui desconhecida. Muito mais popular, muito mais espanhola.

Foi assim na Feria de Abril - que começou no sábado, mas se prolonga Maio adentro.

E uma cidade cosmpolita - como é inegavelmente Barcelona - também pode ter espaço a este tipo de manifestações populares. Com direito a seriviços especiais do Transportes Metropolitanos.

Boas compras

Se há coisa em que gosto de gastar dinheiro é em cinema. De cada vez que tenho alguns euros para gastar, invito-os a alargar a minha filmoteca. E se vivesse por cá, certamente, que compraria mais.
Os DVD's são muito mais baratos em Espanha e, um destes dias, encontrei a FNAC da Praça Catalunha em promções.

Dois tiros: Closer e Match Point. Dois dos filmes que, nos últimos anos, mais me marcaram.

Closer é cru, duro e apaixonante. Como os amores. Além disso tem Natalie Portman.
Match Point é também um filme, na essência, sobre paixões e fraquezas humanas. Com a geniaidade de Woody Allen, mas sem o seu egocentrismo.

Vi-os nos últimos dias. E não me desiludi com a revisão.

Tiros certeiros, pois.

Ainda o Sant Jordi




Prazer. Descer a mais viva rua da cidade, entre um milhão de pessoas. Cheira a rosas. E a amor.

A cidade pinta-se de vermelho e é demasiado perdermo-nos entre as bancas de flores. E de livros - e há muitos.

Manda a tradição que se ofereçam rosas às mulheres. Assim fiz.
Manda a tradição que elas retribuam com livros.

Já passou mais de uma semana desde o dia 23 de Abril, mas continuo a lembrar cada promenor. A festa é marcante, belíssima - perfeita.



A festa é também uma das várias manifestações de orgulho catalão. As varandas enchem-se de bandeiras vermelhas e amarelas. E na praça entre os palácios do Ayuntamento e da Generalitat recita-se poesia catalã.

Sant Jordi é o único dia do ano em que as portas desses símbolos da autonomia catalã se abrem ao mundo - oportunidade única de conhecer o seu interior fabuloso.