Mágico!
O domingo é oficialmente o dia de passeio. O trabalho de televisão que tenho que entregar este semana, antes da visita a Portugal, está adiantado e fui conhecer finalmente o Tibidabo. A montanha é o ponto mais alto de Barcelona e aí foi contruído, há mais de 100 anos, um templo expiatório que abraça a cidade lá do alto, a 512 metros.
Logo ao lado há um parque de diversões - faquinho, quase tão mau como a Bracalândia! É engrçado ver como o sagrado e o profano andam tão próximos... Suficientemente perverso para me divertir!
Chegar ao cume mais alto da serra da Colserola é uma pequena aventura, mas que vale a pena. O metro sai no início da Avenida Tibidabo, velho bairro burguês de Barcelona, com palacetes Modernistas a contronarem-na. Belíssimas construções, da época dourada da arquitectura catalã, que se prolongam montanha acima até ao sopé de onde parte o Funicular do Tibidabo.
A cremalheira leva-nos depois montanha acima, numa viagem curta e cara - 3 euros por 6 minutos de percurso! - mas com uma bela vista sobre a cidade. Mas o melhor está ainda por vir. Lá de cima contempla-se toda a imensidão de Barcelona, do Llobregat ao Besós, e até ao Mediterrâneo.
O templo são, na verdade, três construções de datas diferentes. Em 1886 foi ali construída uma ermita e dois anos depois lançada a empreitada de construção do templo. Foram precisos 75 anos até que o templo do Sagrado Coração de Jesus se tornasse na igreja imponente que se vê de qualquer ponto de Barcelona.
Mas em 1911 já estava termianda a cripta, em estilo Modernista e de uma beleza fantástica - daquelas coisas de ficar de boca aberta. E foi por lá que começou o momento mágico da visita ao Tibidabo.
Estava ainda atordoado com o brilho interior da cripta, quando fui abordado por um padre. Estava com um colega português e tínhamos estado a comentar o delírio tecnológico que era a campaínha na porta do confessionário. O padre aproximou-se e disse-nos: "Funciona mesmo, acreditem!".
Depois olhou o Bruno e disse-lhe:" Se quiserem podem usá-lo. Não vos conheço, mas vejo que são pecadores.". "Mau!", pensei. Estou habituada a estas intromissões dos padres na vida alheia, mas não estava com vontade de me chatear. "Deve ser da barba..."
Mas o homem era, afinal, afável. E ficamos à conversa uns 10 minutos. Contou-nos a história do templo e a sua importância para a Igreja Católica espanhola. "Este é um templo expiatório e há aqui gente a rezar 24 horas por dia, a pedir pelos pecados da Espanha. E olhem que temos muit trabalho...", atirou, com um sorriso sarcástico.
Tinha-me conquistado, o senhor. E nós a ele. Disse-nos que tinha gostado de nós e convidou-nos a subir ao topo do templo, a um sítio onde poucos vão... Obviamente que aceitamos. No caminho, no elevador, ofereceu-nos uns "santinhos" com orações em catalão e um coração em papel, que devíamos lançar sobre a cidade.
No meu coração estava escrito "Paz". Mas atrevi-me a juntar um pedido pessoal àquele momento mágico. Lá em cima, bem junto ao Cração de Jesus, sobre a cidade que cada vez mais amo...
Logo ao lado há um parque de diversões - faquinho, quase tão mau como a Bracalândia! É engrçado ver como o sagrado e o profano andam tão próximos... Suficientemente perverso para me divertir!
Chegar ao cume mais alto da serra da Colserola é uma pequena aventura, mas que vale a pena. O metro sai no início da Avenida Tibidabo, velho bairro burguês de Barcelona, com palacetes Modernistas a contronarem-na. Belíssimas construções, da época dourada da arquitectura catalã, que se prolongam montanha acima até ao sopé de onde parte o Funicular do Tibidabo.
A cremalheira leva-nos depois montanha acima, numa viagem curta e cara - 3 euros por 6 minutos de percurso! - mas com uma bela vista sobre a cidade. Mas o melhor está ainda por vir. Lá de cima contempla-se toda a imensidão de Barcelona, do Llobregat ao Besós, e até ao Mediterrâneo.
O templo são, na verdade, três construções de datas diferentes. Em 1886 foi ali construída uma ermita e dois anos depois lançada a empreitada de construção do templo. Foram precisos 75 anos até que o templo do Sagrado Coração de Jesus se tornasse na igreja imponente que se vê de qualquer ponto de Barcelona.
Mas em 1911 já estava termianda a cripta, em estilo Modernista e de uma beleza fantástica - daquelas coisas de ficar de boca aberta. E foi por lá que começou o momento mágico da visita ao Tibidabo.
Estava ainda atordoado com o brilho interior da cripta, quando fui abordado por um padre. Estava com um colega português e tínhamos estado a comentar o delírio tecnológico que era a campaínha na porta do confessionário. O padre aproximou-se e disse-nos: "Funciona mesmo, acreditem!".
Depois olhou o Bruno e disse-lhe:" Se quiserem podem usá-lo. Não vos conheço, mas vejo que são pecadores.". "Mau!", pensei. Estou habituada a estas intromissões dos padres na vida alheia, mas não estava com vontade de me chatear. "Deve ser da barba..."
Mas o homem era, afinal, afável. E ficamos à conversa uns 10 minutos. Contou-nos a história do templo e a sua importância para a Igreja Católica espanhola. "Este é um templo expiatório e há aqui gente a rezar 24 horas por dia, a pedir pelos pecados da Espanha. E olhem que temos muit trabalho...", atirou, com um sorriso sarcástico.
Tinha-me conquistado, o senhor. E nós a ele. Disse-nos que tinha gostado de nós e convidou-nos a subir ao topo do templo, a um sítio onde poucos vão... Obviamente que aceitamos. No caminho, no elevador, ofereceu-nos uns "santinhos" com orações em catalão e um coração em papel, que devíamos lançar sobre a cidade.
No meu coração estava escrito "Paz". Mas atrevi-me a juntar um pedido pessoal àquele momento mágico. Lá em cima, bem junto ao Cração de Jesus, sobre a cidade que cada vez mais amo...
Um comentário:
e pediste o quê? :)
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