Estou abismado com o tamanho da
Universidade Autónoma de Barcelona. O campus é gigantesco, daqueles que estamos habituados a ver nos retratos dos megalómanos americanos. E além das instalações centrais, aqui no campus de Bellaterra, em
Cerdanyola del Vallés, a UAB ainda tem instalações em Sabadell – outra cidade da periferia da Barcelona –, assim como nos hospitais de Vall D’Hebron,
Sant Pau e Del Mar e também, bem no centro de Barcelona, junto ao Porto Olímpico.
O campus é uma verdadeira cidade. Não tenho noção dos hectares que ocupa, mas os pólos de Azurém e Gualtar da Universidade do Minho juntos são mais pequenos do que Bellaterra. 60 faculdades e departamentos, 77 licenciaturas, 90 doutoramentos. Ao todo são 3 mil professores para 52 mil estudantes.
E dispõe de tamanha quantidade de serviços no seu interior que praticamente é auto-suficiente. Vejam só: sala de cinema e sala de teatro, estação de correios, supermercado, farmácia, cabeleireiro, esteticista, papelaria, quiosque, bancos, ginásio, piscina e quartel de Bombeiros e até um Hotel.
Apesar de estar na periferia de Barcelona, a universidade está bem próxima da cidade. Em 20 minutos de viagem no Ferrocarril estamos no topo da Rambla. E é bom voltar a este local meio perdido entre um bosque e as montanhas catalãs no final de um dia na movimentada Barcelona.
A UAB está servida por duas estações de Ferrocarril (uma espécie de metro, que serve as zonas periféricas a Barcelona), e uma estação da Renfe, um complexo multimodal com central de camionagem e estação de comboio, mesmo à saída do campus. Além disso, tem uma entrada para a Auto-estrada do Mediterrâneo, que liga Barcelona e Valência e a Andorra, a dois minutos.
Esta é uma universidade modelo. Reúne alguns dos centros de investigação líderes na Península e na Europa. E é pioneira em matéria de responsabilidade social ou de protecção da Natureza. Por exemplo, a universidade está coberta de painéis solares que lhe oferecem cerca de 40% da energia diária consumida.
Estou a viver na Vila Universitária, o equivalente às nossas residências universitárias. Mas a comparação é impossível. Aqui vivemos em apartamentos, com cozinha, sala de estar com televisão (qualquer dia escrevo sobre a desgraçada TV espanhola...), ar condicionado e acesso wireless à Rede. Vivem na Vila 1800 pessoas e, nas suas galerias comercias, tem lavandaria, cabeleireiro, café e restaurante. Uma aldeia no meio desta grande cidade que é a UAB.
Post-scriptum – o trocadilho do título é básico. Mas como diria o Nuno Markl, alguém tinha que o fazer…
Um comentário:
Salut! Contado assim, dá vontade de largar tudo e ingressar numa escola a sério. Joder, no?!
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